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Consumidores e empresas reduzem apetite por crédito
Novo indicador mostra recuo maior na demanda por novos empréstimos entre pessoas de menor renda e pequenas empresas
TONI SCIARRETTA
Os bancos liberaram menos empréstimos no início do ano, mas isso não aconteceu só porque as instituições foram mais rigorosas na concessão. Os próprios consumidores e as empresas reduziram o apetite por novas dívidas, segundo o novo indicador de demanda de crédito da Serasa Experian.
Feito com base nas consultas de bancos e varejistas, o indicador mostra que a demanda do consumidor por novos empréstimos caiu 4,2% em fevereiro, em relação ao mesmo período de 2008. De janeiro para fevereiro, a queda foi de 10,5% -lembrando que fevereiro tem menos dias úteis. Ou seja, encolheu o número de consumidores dispostos a fazer dívidas.
Para Francisco Valim, presidente da Serasa, o indicador é um retrato da confiança menor do consumidor e das empresas no futuro da economia, que terá reflexo no PIB. "Isso é um alerta que pode impactar no crescimento, porque o crédito é um alavancador da economia."
A pesquisa mostra que os consumidores de menor renda e as micro e pequenas empresas foram os que mais perderam o apetite pelo crédito. Paras as pessoas com renda mensal de até R$ 500, a queda foi de 9,9% em fevereiro, na comparação com o mesmo período do ano passado. Entre os que ganham acima de R$ 10 mil, o recuo foi menor, de 3,4%.
"São eles [baixa renda] que têm mais dúvida sobre a sua própria situação financeira, se vão ter emprego e renda daqui a alguns meses", disse Valim.
Para Alexandre Jorge Chaia, professor do Ibmec-SP, o indicador reflete também a piora nas condições de financiamento. Chaia lembra que, quando foi ao banco procurar empréstimo, o consumidor encontrou taxas maiores, prazos menores e uma menor disposição do banco de emprestar. Para Chaia, a redução nos juros do BC só terá impacto no crédito no segundo semestre.
"O sujeito quer fazer o empréstimo, mas sabe que está mais difícil aprovar no banco. Houve um aumento de custo que estimula pisar no freio."
Para as empresas, o recuo na demanda por empréstimos foi de 4,4% no mês passado, em relação a fevereiro de 2009 (10,8% ante janeiro). Enquanto as grandes empresas diminuíram em 0,7% a demanda, as micro e pequenas reduziram em 4,5%. O BNDES relata que as consultas para novos empréstimos caiu 42% em janeiro, em relação a janeiro de 2008.
Pesa também a necessidade das empresas de queimarem estoques. "Diminuiu muito a demanda das empresas por capital de giro. Como não sabe se vai vender o que esperava, não precisa ter um estoque tão alto. Isso começou em outubro e não deve ter terminado", disse Luiz Rabi, gerente da Serasa.
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