Desconto é permitido desde os anos 90 e levou a proliferação de entidades
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Entrada de dólares diminui
Em reação às medidas de elevação do IOF anunciadas pela Fazenda, cai o interesse dos estrangeiros por operações no câmbio
O Banco Central divulgou ontem números que mostram, pela primeira vez após o fim de março — quando o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou medidas que preveem a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de empréstimos tomados por bancos e empresas no exterior — um esfriamento na entrada de capital estrangeiro no Brasil. Nos seis primeiros dias úteis do mês, a diferença entre tudo o que ingressou e o que saiu do país deixou um saldo negativo de US$ 14 milhões. No acumulado do ano, o fluxo ainda é positivo em US$ 35,5 bilhões, um volume 46% superior que o registrado em todo o ano passado.
Tamanho freio na enxurrada de dólares, que vinha sendo usada pelos bancos para incrementar a oferta de crédito, foi influenciado por três fatores: piora da crise nuclear no Japão, os conflitos no Oriente Médio e o menor volume de empresas captando no exterior devido à tributação imposta pelo governo brasileiro. O resultado deste início de mês, porém, seria ainda pior não fosse a movimentação no setor financeiro, que no período registra um saldo positivo de US$ 80 milhões.
Ainda assim, o Banco Central precisou enxugar bastante liquidez do mercado para diminuir a tendência de queda do dólar e comprou quase todos que ingressaram no país: US$ 29,2 bilhões no primeiro trimestre do ano somado aos primeiros dias de abril. O montante representa 81,7% de todo o capital estrangeiro que ingressou no país no período. Com esse incremento, as reservas internacionais — que funcionam como colchão de proteção à economia brasileira — chegaram a US$ 320,8 bilhões. A despeito dessa intervenção, o dólar persistiu na sua trajetória de queda. Ontem, a moeda norte-americana voltou a se desvalorizar ante o real em um pregão instável, cheio de sobe e desce, e fechou o dia em baixa de 0,13%, cotada a R$ 1,591.
Aversão
Mário Paiva, analista da corretora BGC Liquidez, pondera que pelo menos nos últimos dois dias o mercado foi tomado por uma aversão generalizada aos riscos, principalmente porque o dólar havia despencado à casa de
R$ 1,58, o menor patamar desde agosto de 2008 — período que antecedeu a crise financeira que derrubou mercados mundo afora. Além de uma menor quantidade de dinheiro em circulação, investidores estrangeiros que
colocavam suas fichas no derretimento do dólar se sentiram satisfeitos com os ganhos obtidos quando a divisa rompeu a barreira de R$ 1,60 e se desfizeram das suas apostas, embolsando os lucros. Toda essa dinâmica fez o dólar subir 0,76% anteontem.
“Essa aversão ao risco de terça-feira fez com que o dólar subisse um pouco no dia, mas temos de levar em conta também que ele tinha caído demais. Nesta quarta-feira, em contraponto, ele já voltou a cair novamente”, explicou Paiva. “Os números de fluxo cambial, hoje (quarta-feira), divulgados até 8 de abril, externaram também que o governo foi bem-sucedido, em parte, com a cobrança de 6% sobre empréstimos no exterior. O fluxo foi reduzido consideravelmente”, acrescentou.
Os contratos de câmbio entre importadores e exportadores também influenciaram o resultado negativo do fluxo cambial. As importações superaram as exportações em US$ 94 milhões. “Vimos uma redução importante nos primeiros dias do mês e um comportamento negativo do ponto de vista de fluxo comercial, o que é estranho, porque estamos em situação de embarque de safra”, observou Jankiel Santos, economista-chefe do Espírito Santo Investment Bank.
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