Desconto é permitido desde os anos 90 e levou a proliferação de entidades
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BC pode baixar Selic para 7,25%
Corte seria feito para estimular a economia, mas parte do mercado acredita que o ciclo de redução já terminou
Mais preocupado com a fraqueza da economia do que com a inflação, o Banco Central pode, amanhã, derrubar os juros básicos da economia em mais 0,25 ponto percentual. Caso essa queda se confirme, a Taxa Selic cairia dos atuais 7,50% ao ano para 7,25% — um movimento que também reforçaria a percepção de analistas de que o BC agora tem uma dupla missão: segurar os preços e salvar o Produto Interno Bruto (PIB, soma do que o país produz em um ano). Para os analistas que mais acertam nas previsões, um grupo chamado de Top 5 pela autoridade monetária, o Comitê de Política Monetária (Copom) não vai hesitar em dar mais um estímulo à atividade econômica, cortando os mais um pouco os juros
Ao comentar o último Relatório de Inflação, o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, deu muito peso ao crescimento do país e à crise internacional. Fez questão ainda de deixar claro que, se a economia “vier a comportar um ajuste adicional nas condições monetárias”, o BC fará novo corte. José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do banco Fator, pondera que os investimentos e a economia não têm reagido como o esperado, mesmo com os incentivos dados até agora pelo Planalto. “Até o momento, os dados deixam dúvidas sobre o crescimento da atividade”, avalia. “As decisões do governo são claramente para reduzir o custo de produção e a inflação, mas preservando, ou tentando, garantir a atividade e o estímulo ao investimento”, argumentou. A aposta dele é de mais um ajuste de 0,25 ponto percentual na Selic.
Gonçalves e outros economistas ponderam que a reação da economia nesta segunda metade do ano ainda é decepcionante e pode levar o governo a intensificar os incentivos ao crescimento. A presidente Dilma Rousseff não deseja terminar seu mandato entregando à sociedade apenas números ruins, a exemplo do avanço de 2,5% do ano passado e da fraca perspectiva para 2012. Assim, ela teria cobrado uma contribuição do presidente do BC, Alexandre Tombini, sobretudo porque a política fiscal perdeu força com própria desaceleração da economia, que enfraqueceu a arrecadação de impostos.
Nesse cenário de baixo crescimento, são crescentes as chances de um novo ajuste na Selic. O próprio BC aposta em aumento do PIB de apenas 1,6% no ano — muito próximo à previsão de 1,57% do mercado, captada na edição de ontem do Relatório Focus, que reúne semanalmente estimativas de bancos e consultores. “Para o BC, a recuperação da atividade econômica ainda ocorre de forma gradual, mesmo após a massiva injeção de estímulos pelo governo”, observou Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco WestLB. Segundo ele, essa visão da instituição sugere ainda que “o balanço de riscos continua pendendo para o lado da atividade e não da inflação” — ou seja, o BC estaria disposto a aceitar mais inflação em troca de uma taxa de expansão mais robusta.
Risco
Na avaliação de grande parte do mercado, no entanto, a pressão sobre o custo de vida deve frear o Banco Central. Pela mediana do mercado apresentada no Focus, uma pesquisa semanal feita pelo BC, a principal aposta é de manutenção da taxa Selic em 7,50% ao ano. Segundo a argumentação desses analistas, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está em alta e deve fechar o ano em 5,42%. Na semana passada, essa expectativa era menor, de 5,36%. Para 2013, a projeção recuou, caiu de 5,48% para 5,44%. Os que apostam no fim do ciclo de corte dos juros acreditam ainda na retomada da economia e argumentam que os efeitos dos estímulos já dados pelo governo se farão sentir mais fortes neste fim de ano.
“Além do melhor cenário para a atividade econômica nacional, os riscos para a inflação estão mais elevados. Deve-se considerar, também, os efeitos cumulativos e defasados da política monetária, que só agora começa a ter maior impacto na economia”, disse Maurício Molan, economista-chefe do banco Santander. Para Luís Otávio de Souza Leal, economista-chefe do banco ABC Brasil, a leitura de discursos recentes de integrantes do BC, indica que a instituição deseja no mínimo manter os juros baixos pelo menor tempo possível.
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