A principal novidade é a unificação em uma única plataforma da emissão e consulta de todas as modalidades de certidões de regularidade fiscal
Área do Cliente
Notícia
Como criar os gestores de amanhã
Estabelecer um programa de aprendiz pode ser uma boa maneira de formar jovens alinhados com a cultura da empresa em áreas estratégicas para o crescimento do negócio
Independência. Essa é a sensação que Jéssica Souto, de 18 anos, tem sentido. Após trabalhar de maneira informal como vendedora de loja, ela conseguiu seu primeiro trabalho com carteira assinada. Hoje ela é assistente de Recursos Humanos da Credz, bandeira e administradora de cartões de crédito utilizados por redes varejistas.
Se antes do emprego comprar roupas ou ir a um restaurante era o evento do mês, agora ela consegue consumir por conta própria. E não pense que a pouca idade faz com que Jéssica gaste seu salário de forma supérflua.
Ela costuma poupar cerca de 30% da remuneração. Seu Vale-Alimentação, um dos benefícios que recebe na Credz, é utilizado para comprar mantimentos para a família. O restante do dinheiro é usado para custear seu curso de graduação em Relações Públicas, passear com os amigos e fazer pequenas viagens – além de comprar roupas legais, claro.
PRIMEIRO EMPREGO FORMAL
Moradora do Jardim Pirituba, na zona norte da capital paulista, ela leva uma hora e quarenta minutos no trajeto de casa para o trabalho utilizando transporte público. Mas isso deve mudar em breve.
“Estou juntando dinheiro para comprar um carro”, diz ela.
Jéssica é um dos cerca de 16 mil jovens em programas de aprendiz na região metropolitana de São Paulo.
Estabelecida no ano 2000, a Lei do Aprendiz (10.097/2000) determina que empresas com a partir de sete funcionários tenham em seu quadro uma cota de 5% a 15% de jovens entre 14 e 24 anos, que estejam cursando do ensino fundamental ao superior.
“O objetivo é capacitar o jovem por meio de atividades teóricas e práticas”, afirma Marcelo Gallo, superintendente Nacional de Operações do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), associação que intermedeia contratos de trabalho entre jovens, escolas e empresas.
As atividades teóricas dos jovens são realizadas em intuições autorizadas pelo Ministério da Economia, como escolas técnicas e instituições do Sistema S.
Já a prática acontece dentro das empresas – e há benefícios para o empregador. O aprendiz tem menor alíquota de FGTS (2% em vez do tradicional 8%) e não há obrigação de aviso prévio em casos de demissão. Já a remuneração precisa respeitar o salário mínimo por hora – em São Paulo é de R$ 4,54.
De acordo com Gallo, mais do que estar em conformidade com a lei, contratar um aprendiz pode ser uma vantagem porque a empresa irá formar um jovem profissional de acordo com a sua cultura interna.
Além disso, numa época em que o desemprego entre pessoas de 16 e 24 anos é de 40% no Estado de São Paulo, de acordo com a Fundação Seade, o jovem costuma valorizar a oportunidade.
“Quando a seleção é bem-feita e a empresa cumpre a sua parte, há uma grande gratidão do aprendiz”, diz Gallo. “Isso fortalece a relação entre funcionário e empresa.”
FORJANDO PROFISSIONAIS
Fundada em 2012, a Credz é uma empresa jovem, mas que já fatura alto. No final do ano passado, a empresa atingiu a marca de 1 milhão de clientes ativos. Em 2019, a meta é chegar a 1,9 milhão. O faturamento estimado até o fim do ano é de R$ 1 bilhão.
A Credz atende cerca de 50 redes de varejo, entre elas Casa das Alianças, Vestcasa e Mundial Calçados. São 220 funcionários. Desses, 10 são aprendizes.
“Não temos aprendizes para cumprir a lei”, afirma Fernando Guiselini, diretor de planejamento da Credz. “Queremos formar bons profissionais para o futuro da empresa.”
O programa de aprendiz da Credz é algo sério. Por semestre, são contratados seis jovens. Cada chamada recebe cerca de 200 currículos.
A seleção consiste em dinâmicas de grupo; teste para analisar competências e aptidões, que ajuda na hora de alocar a melhor pessoa para cada área de negócio; entrevista presencial com gestor da área e conversa com o CEO da empresa. O contrato de trabalho dura entre 12 e 18 meses.
PARA FORMAR PROFISSIONAIS
Após contratado, o jovem ganha uma função específica com responsabilidades e metas pré-estabelecidas. Há job rotation para apresentar a ele os departamentos e processos-chave do negócio.
Mensalmente, o aprendiz assiste a palestras e tira dúvidas com gestores experientes da empresa, que contam sua trajetória profissional e dão orientações sobre a profissão.
Há também acompanhamento frequente do RH e mentoria.
Ao término do programa, o jovem apresenta um projeto de melhoria de processo ou produto para uma banca de diretores.
Caso o projeto seja aprovado, ele será responsável por implementar a proposta junto com um diretor, que se torna seu padrinho.
De acordo com o desempenho durante todo o programa, ele pode ser efetivado e direcionado para a área onde demonstrou mais habilidade. A taxa de efetivação é de 95%.
E quais são os pontos de atenção ao fazer a gestão desses jovens profissionais?
É preciso equilibrar a ansiedade deles. Como são nativos digitais da era do smartphone, eles tendem a esperar respostas e soluções na velocidade da internet.
Inteligência emocional e relacionamento humano são outros pontos – uma vez que adolescentes estão acostumados a resolver discussões nas redes sociais excluindo os desafetos na sua lista de amigos.
“Orientamos os aprendizes a defenderem suas posições com argumentos e prezar pelo bom convívio dentro da empresa”, diz Guiselini.
RESPONSABILIDADE SOCIAL
De acordo com uma pesquisa do CIEE, alcançar o ensino superior e consolidar uma carreira profissional são as principais expectativas dos egressos do programa de aprendizagem. E muitos deles conseguem. 25% permanecem nas empresas em que foram aprendizes. Outros 58% são empregados na sequência em outras empresas.
Além de ser uma importante ferramenta no combate à evasão escolar, a aprendizagem oferece perspectivas de futuro ao jovem, uma vez que, geralmente, eles são de famílias de baixa renda e estão em camadas sociais mais vulneráveis.
Desde 1992, a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) mantém o Camp Centro, instituição que presta serviços e desenvolve ações sócio assistenciais de forma gratuita para adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade ou risco social.
Uma das ações do Camp é promover a aprendizagem e melhoramento profissional. A instituição possui parceria com 16 empresas, entre elas a Elevadores Otis e o Grupo Sompo Holdings (formado a partir da integração da Marítima Seguros e Yasuda Seguros).
Desde sua fundação, a entidade já atendeu a mais de nove mil jovens.
Notícias Técnicas
A iniciativa integra a estratégia da Receita Federal de ampliação da oferta de serviços digitais, com foco na simplificação de processos, autonomia do usuário e redução da burocracia
Versão 11.3.0 do programa da ECF traz melhorias e novos campos de registro
RFB reforça que a EFD-Reinf deixará de permitir conexões utilizando os protocolos antigos já em agosto
Contadores precisam ficar atentos às entregas da EFD Contribuições, EFD-Reinf e DIRB, além da ECF até 31 de julho
Notícias Empresariais
Negócios que crescem após a crise são aqueles que conseguem proteger sua essência, ao mesmo tempo em que transformam suas formas de operar
Psicólogo explica como o excesso de gentileza no trabalho pode levar ao esgotamento emocional e oferece caminhos para equilibrar cordialidade com autenticidade
O Método 4P’s, criado por Théo Lobo, oferece uma estrutura sólida baseada em Pessoas, Processos, Produto e Propósito, promovendo inovação e crescimento sustentável nas empresas
Gestão humanizada é mais do que tendência é estratégia de negócios. Entenda por que empresas que priorizam o bem-estar têm mais lucros, engajamento e retenção de talentos
Pesquisa da IBM aponta que 78% das companhias no Brasil planejam aumentar verbas em IA, com foco em produtividade, inovação e retorno financeiro
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional