Contribuintes com débitos em contencioso administrativo têm até 31 de outubro de 2025 para aderir à transação com descontos e parcelamento especial
Área do Cliente
Notícia
Empreendedor solo deve saber quando é hora de terceirizar
Recorrer a freelancers ou a softwares de contabilidade facilita rotina de quem não tem funcionários ou sócios
O empreendedor que trabalha sem sócios ou funcionários tem de se desdobrar para alavancar seu negócio e realizar atividades muitas vezes distantes de sua área de especialização.
É o caso de mais da metade dos empresários brasileiros (53%), de acordo com um levantamento da Global Entrepreneurship Monitor, feito com dados de 49 países e publicado neste ano.
Sem equipe, esses empreendedores também não planejam contratar nos próximos cinco anos, mostra o estudo.
O Brasil é o primeiro da lista em empreendedorismo solo. Esse fenômeno nacional pode ser explicado pelo desemprego alto e pela crise econômica, segundo José Sarkis Arakelian, professor de estratégia de marketing da faculdade de administração da Faap.
Estimuladas pela necessidade, muitas pessoas abrem suas empresas sem planejamento. E enfrentam dificuldades, porque não fazem pesquisa de mercado, têm pouco capital de giro e não conhecem bem seus consumidores e a cadeia de produção, diz Arakelian.
Os problemas, porém, podem ser contornados por meio de capacitação e tecnologia. Como falhas no fluxo de caixa são a principal causa de falência desse tipo de empresa, o primeiro passo é ir atrás de cursos na área de finanças e gestão.
Esse foi o caminho seguido pela nutricionista Júlia Lima, 33, que toca sozinha a doceria Petite Fabrique Pâtisserie, em São Paulo. Sua maior dificuldade, conta, é lidar com assuntos que não têm nada a ver com alimentos, como a burocracia financeira e administrativa e o marketing.
Para suprir lacunas na formação, ela fez cursos de gestão oferecidos pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
"Há muita romantização do empreendedorismo, e dizem que a melhor coisa do mundo é ser o próprio chefe e ter o horário flexível. Mas, no geral, lidar com o negócio é complicado, porque não temos preparo sobre legislação ou conteúdos básicos de economia. Isso faz muita falta", diz Júlia.
Não é preciso virar especialista em todos os setores do negócio: para trabalhos nas áreas em que não domina, o empresário pode contratar serviços pontuais.
Júlia, por exemplo, recorre a designers para elaborar menus da doceria e fazer manutenção no site. Para não se perder com a papelada, ela paga também pelos serviços de um contador e de uma consultoria financeira.
Aprendeu a lição no ano passado, quando tomou um susto ao receber a ligação de uma empresa que vende serviço de registro.
Foi informada de que outra companhia usava o mesmo nome da sua doceria. Sem conhecimento sobre o assunto, precisou ir atrás de um escritório de advocacia para regularizar a situação –o que resultou em gastos extras.
Para administrar o negócio, a tecnologia também pode ser aliada. A cerimonialista e locutora Malu Pontes, dona da empresa Casa das Vozes, organiza os pagamentos com a ajuda de softwares de gestão financeira.
Além de cuidar da parte artística do negócio, Malu é responsável pela emissão de notas fiscais para controle contábil, pela checagem do CNPJ dos novos clientes e pela elaboração de fichas cadastrais.
Sua rotina é dividida em dois momentos: durante o dia, dedica de seis a sete horas às gravações. À noite, gasta mais três horas para resolver as questões burocráticas.
Por conta desse acúmulo de funções, já se esqueceu de pagar boletos, o que resultou em multas e processos por inadimplência.
Para acabar com esses problemas, Malu passou a investir R$ 250 por mês em uma plataforma que organiza os recebimentos dos trabalhos e os pagamentos dos freelancers, que contrata quando precisa de mais vozes para algum projeto.
Sua empresa presta serviço para 15 a 20 clientes por semana, em média, e fatura de R$ 55 mil a R$ 70 mil por mês.
Ela faz ainda cursos online em diversas áreas. Aprendeu, por exemplo, a dominar o gerenciamento das redes sociais do negócio. "Não adianta você ser muito bom, mas ninguém saber disso", diz ela.
Além da gestão financeira, o empresário não pode descuidar do marketing. Malu diz que posta com frequência nas suas páginas profissionais, tentando manter uma linguagem irreverente, que se conecte com o cliente.
Estar sozinho à frente do negócio também não impede o empresário de pedir ajuda. Na hora de tomar decisões importantes e que exigem alto investimento, a nutricionista Júlia, por exemplo, pede a opinião de familiares e amigos.
Assim como Malu, a empresária prefere contratar freelancers quando aparecem encomendas grandes.
Mas não descarta ter funcionários um dia e deixar de ser empreendedora solo: ela não contrata agora, diz, porque ainda não recebe pedidos suficientes para manter uma folha de pagamento –vende, em média, 5.000 doces por mês e, no ano passado, faturou R$ 190 mil.
81,4%
dos empreendedores em estágio inicial, com menos de 3,5 anos de atividade, não têm funcionários
12,2%
desses empreendedores têm apenas um empregado
3,4%
contam com dois funcionários
2,7%
têm três ou mais pessoas na equipe
Notícias Técnicas
Contribuintes que nos últimos dias tiveram problemas de conexão com o Web Service da EFD-Reinf, por não estarem utilizando protocolo TLS 1.2 ou versões superiores, devem tentar novamente
Versão 11.3.0 do Programa da ECF válida para o ano-calendário 2024 e situações especiais de 2025, e para os anos anteriores
A parada tem por objetivo manutenção programada do sistema e ocorrerá no dia 26/07/2025, das 21h às 06h do dia seguinte
Ferramenta reúne informações da PNAD Contínua, Rais e Caged em uma única plataforma e permite análises detalhadas por escolaridade, raça, gênero, idade e território
Notícias Empresariais
Desenvolver atitudes internas sólidas não só protege a saúde mental do empreendedor — como fortalece o próprio negócio
Negócios com propósito sobrevivem às crises, atraem talentos melhores, fidelizam clientes e constroem legados
Nova taxação de 50% imposta por Trump afeta setores como petróleo, aço, ferro e aeronaves e pode desacelerar economia brasileira
A retenção de talentos se tornou um dos principais desafios para as empresas brasileiras
Em um país onde a carga tributária é uma das mais altas do mundo e o sistema fiscal é reconhecido pela sua complexidade, buscar alternativas legais para reduzir impostos deixou de ser apenas uma vantagem competitiva
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional