Com o debate sobre novas regras no PAT, empresas de benefícios precisam inovar e expandir suas soluções para fortalecer a experiência do colaborador
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Empresas criam cargos ‘sem sentido’ e deixam trabalhadores no prejuízo
O movimento é natural diante das mudanças mercadológicas, em especial por consequência dos avanços tecnológicos.
Ano após ano, enquanto diferentes profissões surgem no mercado, outras perdem a sua força e alguns chegam até mesmo a não existir mais. O movimento é natural diante das mudanças mercadológicas, em especial por consequência dos avanços tecnológicos. Todavia, em meio a esse processo, algumas empresas “abusam” da inventividade na hora de criar novos cargos. E a razão disso não é positiva aos trabalhadores.
Segundo um estudo de pesquisadores da Harvard Business School e da Universidade do Texas, entre 2010 e 2018 cresceu em 485% o anúncio de oportunidades de trabalho para vagas com nomenclaturas “curiosas” nos Estados Unidos.
A pesquisa, divulgada no portal de notícias da Time, revela que apesar dos cargos terem nomes fora do habitual, as tarefas não diferem de profissões já conhecidas.
De acordo com os pesquisadores, a razão para isso é bem clara: evitar o pagamento de horas extras. Em terras estadunidenses, os chamados “cargos de confiança”, ou seja, funções de liderança ou acima, não têm a jornada controlada. Em outras palavras, profissionais que assumem essas posições não recebem hora extra. No Brasil, a legislação é semelhante, mas a regra só vale para a alta liderança.
“Estamos surpresos com a prevalência e a magnitude disso”, manifestou Lauren Cohen, professor de finanças e inovação na Harvard Business School, à Time. [A pesquisa] Sugere que há um comportamento estratégico por parte das corporações”, acrescenta Umit Gurun, professor de finanças na Universidade do Texas.
Cargos ‘bizarros’
Para Marcos Alves, especialista com 25 anos de experiência em Recursos Humanos e Recrutamento & Seleção, cenários como o da pesquisa abrem um precedente perigoso para que cada vez mais profissionais entrem em um ritmo de sobrecarga de trabalho e não recebam por isso.
“Por mais que no Brasil os líderes estejam, de certa forma, protegidos contra isso, sabemos que muitas empresas são hábeis para criar mecanismos que driblam legislações e promovem economia a elas. Nesse panorama, só quem tem a perder é o profissional. Ele assume um cargo que, por nome, parece alto, para uma função pequena. Assim, fica sujeito a jornadas de trabalho que extrapolam o bom senso – afinal, há essa cultura de que líderes e gestores devem trabalhar sem parar – e não ganha nada com isso”, diz.
Na pesquisa, foram identificadas nomenclaturas como gerente de xampu para carpetes e coordenador de escaneamento de preços. Ainda segundo o relatório, para cada novo “líder” as empresas economizam quase 14% em horas extras. Estima-se que a economia seja de cerca de US$ 4 bilhões anuais.
“Por mais que seja um processo comum a evolução dos cargos, é sempre fundamental se atentar ao job description”, salienta Alves. “Vale a atenção também para posições gerenciais que pagam um salário muito abaixo da média do mercado”, acrescenta.
Vale ressaltar que grandes empresas dos Estados Unidos já tiveram problemas legais por conta da manobra. Em 2020, em decisão judicial de corte federal do Estado do Illinois, foi determinado que o Facebook (hoje, Meta) pagasse US$ 1,65 milhão para 63 colaboradores que tiveram seu cargo erroneamente declarado para que não fosse necessário pagar horas extras. Cada um recebeu cerca de US$ 15 mil.
Em 2010, por razão semelhante, a Staples foi condenada a pagar US$ 42 milhões A gigante da papelaria contratava pessoas para o cargo de “Gerente Assistente de Loja”.
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